André Cavalcante
André Cavalcante

Com cerca de 110 processos na Justiça Trabalhista e uma dívida girando em torno de R$ 13 milhões, o Remo conseguiu um novo acordo com a Justiça e alterou o destino do dinheiro que deixava de entrar no clube para sanar este débito.

O novo trato entre as partes dá conta de que a verba bloqueada do Leão será utilizada para promover audiências de execução, ou seja, rodadas de negociações com cada um dos credores para tentar eliminar os processos um a um. Antes, o dinheiro que entrava no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) era rateado entre todos os credores, sem qualquer tipo de negociação e com poucas chances de quitação em algum caso.

“Na prática, vamos juntar o dinheiro do Remo na Justiça e chamar os credores. Se, por exemplo, tiver um caso onde a dívida seja de R$ 100 mil, vamos tentar eliminá-la com R$ 70 mil ou R$ 50 mil”, explicou o diretor de futebol do Remo e advogado André Cavalcante.

O acordo foi proposto ainda antes da marcação da última tentativa da Justiça de leiloar o Carrossel, área anexa ao Baenão. “Fizemos isto para mostrar que existe a intenção real do Clube do Remo em pagar esta dívida”, frisou.

Outra medida tomada pela direção azulina foi pedir o aumento do bloqueio da renda, passando de 30% para 40% na partida contra o Vilhena (RO) e nesta próxima contra o Palmas (TO), ambas pela Série D do Brasileirão. Em caso de classificação remista à terceira fase da competição, a taxa voltará a ser de 30%.

ORM News, 30/09/2015