Helder Cabral (esquerda) e Manoel Ribeiro
Helder Cabral (esquerda) e Manoel Ribeiro

A debandada geral na atual administração do Clube do Remo é um reflexo da pressão imposta ao presidente licenciado, Pedro Minowa, desde que assumiu o cargo, ao derrotar a situação em uma eleição histórica que marcou o início do voto direto.

O mandatário afastado, desde então, além de delegar responsabilidades muito grandes a pessoas de pouco gabarito, ainda se ausentou em momentos delicados, o que despertou a fúria da ala de oposição.

Com isso, aos poucos a gestão de Minowa foi minada, ora pela oposição, ora pelas próprias decisões tomadas ao longo do tempo. Algumas deixaram marcas profundas. Tudo isso refletiu no futebol e em toda sua estrutura.

Diretamente, a crise recaiu sobre o Departamento de Futebol, mas também afetou parte da pirâmide azulina. Desde o estouro da crise, saíram o primeiro diretor de futebol, Albany Pontes, o vice-presidente do clube, Henrique Custódio, o diretor geral, Cláudio Jorge, além do segundo diretor de futebol, Cláudio Bernardo (duas vezes) e o próprio Minowa. Com isso, o Departamento foi assumido por uma comissão convocada às pressas.

“Esta comissão vai ter autonomia para tocar o futebol, prestando contas, mas com liberdade. O planejamento segue normal para a Série D. Fred Gomes (executivo de futebol) e Sérgio vão estar a frente, agora com o auxílio dessa comissão. O Departamento precisa gerar renda e se pagar. Fizemos essa comissão para isso e que o time chegue no Brasileirão pronto”, explicou Milton Campos, um dos novos membros.

Diário do Pará, 30/06/2015