Antônio Mileo
Antônio Mileo

Se Rony e o empresário dizem que fizeram de tudo para ajudar o Clube do Remo, a diretoria chega com outra informação. Conforme o ex-diretor Antônio Miléo, grande responsável pela permanência do atleta no Remo em 2015, Rony não ficou para a disputa das finais unicamente por conta de uma decisão pessoal. “Fiz tudo para que ele ficasse, mas ele não quer ficar. Quer ir embora. Então, fazer o quê? Desisti”, contou.

Conforme explicou Miléo, o contrato teria multa rescisória de R$ 1 milhão, mas a conta final acabou em metade do valor. “O jogador, hipoteticamente, foi negociado por 500 mil, o Remo ficou com 65% e o restante foi dele”, complementa. O valor embolsado pelo clube, de R$ 321 mil, vai ajudar as finanças azulinas após uma série de discussões que levaram a saída do jogador, iniciadas ainda na gestão do ex-presidente Zeca Pirão.

Com o mandatário anterior, o jogador teve salários atrasados e o empresário foi à Justiça pedir o desligamento. Já com Pedro Minowa à frente, um acordo foi costurado por intermédio de Miléo, mas os vencimentos pendentes não foram pagos e o carro dado a ele foi tomado por falta de pagamento. O estopim para a saída foi o jogo na Arena Verde, em Paragominas, onde uma bomba explodiu bem próximo ao atleta.

Ainda segundo Miléo, ao contrário do que se imagina, o Remo não irá usar a verba para pagar empréstimo contraído junto ao abnegado. “O Remo tem que me ressarcir, mas pelo amor que tenho ao clube e pelo o que os nossos jogadores estão fazendo em campo, não vou cobrar assim. Desde o dia 26/03 o Remo poderia ter me pagado, mas não fiz isso”, ressalta.

Diário do Pará, 23/04/2015