Remo 2x1 PSC (Rafael Paty)
Remo 2x1 PSC (Rafael Paty)

Com salários atrasados, diretoria não cumprindo promessas e uma missão ainda complicada pela frente, jogadores e comissão técnica do Remo tinham dois caminhos pela frente. O mais fácil seria lavar as mãos e jogar para o gasto, com desculpas prontas para um eventual fracasso. O mais difícil era se unir, fechar um elenco e lutar contra tudo e contra todos.

Escolheram as dificuldades, o caminho tortuoso e mais sacrificante. Porém, é esse que leva às vitórias e, por enquanto, tem sido o correto. Depois de uma recuperação surpreendente para garantir a vaga na final da Copa Verde, ontem o Leão Azul mais uma vez derrotou o maior rival, conquistando a vaga para a decisão do Campeonato Paraense. No próximo domingo, 05/03, o adversário será o Independente, campeão do primeiro turno, e o vencedor leva a taça e a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.

Neste domingo (26/04) à tarde, no Mangueirão, o Re-Pa fez valer a máxima que clássicos são equilibrados e decididos nos detalhes. Remo e Paysandu se alternaram no domínio da partida. Cada um chegou ao gol por méritos próprios, em lances criados e executados com precisão, mas quis a história que o gol da vitória do Leão Azul saísse em um lance despretensioso, em um chutão para frente em que a zaga bicolor falhou.

Rafael Paty, que desde o ano passado vem amargando uma média baixa para um camisa 9, sabe muito bem que é assim que os clássicos são vencidos e tratou de não desperdiçar a chance que caiu em seu colo.

“Lutei muito, passei por momentos difíceis, mas sabia que algo melhor estava guardado. Sempre trabalhei duro. A bola não estava entrando, mas não era por falta de trabalho”, comentou Paty, que observou que as dificuldades não só do Remo, mas do futebol brasileiro, dão forças para quem está no Baenão se erguer e buscar um futuro melhor.

“Tem muita gente em situação pior que a nossa no futebol. Mesmo com as dificuldades, estamos empregados em um grande clube e temos que valorizar isso”, completou o artilheiro do clássico.

Amazônia, 27/04/2015