Aleílson
Aleílson

Está marcada para quarta-feira (27/05) a reapresentação do elenco do Remo para o início da preparação para a Série D do Campeonato Brasileiro, que começa dia 12/07, contra o Vilhena (RO), na casa do adversário. São esperadas sete caras novas no Baenão, com alguns nomes dados como certos. Desses, apenas um foi confirmado pela diretoria, o atacante Aleílson. Será a segunda oportunidade do jogador em um clube grande da capital. Em 2013, ele fez parte do elenco bicolor que foi rebaixado para a Série C.

O atacante tem 29 anos e já passou por equipes como Águia de Marabá, Olaria (RJ), Bahia (BA), Noroeste (SP), Gavião e Paragominas. Além deles, no currículo, o paraense ainda teve uma rápida passagem pelo Flamengo (RJ), em 2009. No Remo, ele chega com a responsabilidade de ser uma das principais armas ofensivas. “Se for dessa forma, não vejo problema algum. Gosto de ser cobrado”, garante.

Aleílson vem disputando campeonatos nacionais há pelo menos 9 anos ininterruptos, mas na Série D teve apenas uma experiência, coincidentemente com o mesmo técnico Cacaio, que encontrará no Baenão.

“Tudo é no tempo de Deus”, diz o atacante, que esse ano espera sorte melhor que há duas temporadas, quando o Paragominas foi desclassificado ao perder pontos por ter utilizado um jogador irregular, justamente quando era líder do grupo e estava matematicamente classificado para a fase seguinte.

Artilheiro do Parazão de 2013, Aleílson tenta vencer pela primeira vez por um dos grandes da capital. Dessa vez, terá tempo de se preparar, o que faltou anos atrás. É nisso que ele aposta para poder mostrar de azul-marinho o que não teve oportunidade de fazer em azul e branco. Na entrevista a seguir, ele fala da expectativa de vestir a camisa do Leão quando o clube aposta todas as fichas em uma base local, o reencontro com Cacaio, o tempo de preparação, a cobrança que terá no Baenão, entre outras coisas.

Você foi anunciado como o primeiro reforço do Remo para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. Depois de 2 anos, como você vê a volta a um clube grande da capital?

Agradeço demais a Deus pela oportunidade de mais uma vez defender um clube grande. Falta apenas assinar, mas está tudo acertado entre eu e o Remo. Falta acertar o dia certo para a minha apresentação. Estou muito feliz com essa chance e ansioso em ir bem para alcançar nosso objetivo, que é o acesso para a Série C. Acredito que vamos com tudo em busca dessa vaga.

Em 2013 você foi contratado pelo Paysandu, mas já era a reta final da Série B e o rebaixamento era eminente. Dessa vez, vocês terão mais de um mês de preparação antes da estreia na Série D. A expectativa é que agora seja diferente?

É bom ter esse tempo a mais para treinar, conhecer os companheiros. Isso me deixa empolgado e tranquilo pra poder mostrar meu futebol. No Paysandu não deu para jogar. Treinava bem, mas tinha poucas chances. Agora espero que seja bem diferente.

Dos sete jogadores que devem ser apresentados essa semana, somente um nunca esteve no Campeonato Paraense (goleiro Fernando Henrique). Uma base quase toda local pode fazer diferença?

Acredito que sim. Não querendo dizer que os jogadores de fora não têm responsabilidade, mas a gente que é daqui tem uma responsabilidade a mais. Acho que o entrosamento também será mais fácil. Estou esperançoso nessa nova política, pois temos muitos jogadores de qualidade aqui.

Você chega com a responsabilidade de ser a solução do ataque. Está pronto para essa responsabilidade?

Estou sim, claro. Se for dessa forma, não vejo problema algum. Gosto de responsabilidades e de ser cobrado, mas isso não vai ser só comigo. Todos sabem o tamanho do nosso desafio e acredito que o foco vai ser geral. O Remo vem há muito tempo lutando e está na hora de sair de onde está. O Remo é um time grande, de massa, e não merece isso. Vamos brigar para acabar com essa situação.

Você já tem experiência em campeonatos brasileiros. O que esperar da Série D? Um jogo mais físico?

Em 2013, tivemos uma experiência muito boa no Paragominas, com o Cacaio, na Série D. A pegada é parecida com a do Campeonato Paraense, com muita correria, sem tempo ruim. Por isso acho que essa base local pode ser boa para a gente.

O Paragominas teve uma campanha muito boa na primeira fase da Série D em 2013, mas caiu porque perdeu pontos por utilizar um jogador irregular. O destino uniu você e Cacaio mais uma vez. Pode ser o ano da redenção com uma boa campanha?

Tudo é no tempo de Deus. Isso podia estar guardado para mim e para ele. Vamos correr atrás de que esse ano termine de uma forma melhor.

Amazônia, 25/05/2015