Fenômeno Azul
Fenômeno Azul

Se você, caro leitor, não acompanha o futebol paraense desde a década de 1990, dificilmente vai entender com riqueza de detalhes o que motivou a atual diretoria do Clube do Remo a lançar a camisa promocional número 33. No entanto, na era da internet, não há assunto que não seja conhecido, exceto, é claro, no que diz respeito a quem fez parte do momento, pois sempre há uma nova emoção a contar.

Com o tricampeonato em 1989-90-91, o Leão Azul já ensaiava a hegemonia no futebol paraense, mas fora interrompido com o título estadual de 1992, conquistado pelo Paysandu, que na esfera nacional ainda havia faturado o título da Série B no ano anterior.

A rivalidade fervilhava, mas quis o destino que o time iluminado nos anos seguintes fosse o Leão de Antônio Baena, que viveu longos dias de glória diante do maior rival.

O tabu histórico, período de cinco anos em que o Clube do Remo passou sem perder para o rival, começou no dia 31/01/1993 e terminou em 07/05/1997. No início, o time era dirigido por Varlei de Carvalho e, no último jogo, os jogadores Agnaldo e Belterra dividiam o comando técnico. Os dois, aliás, são registros vivos e jogaram ao lado de tantos outros craques, como Luciano Viana, Alex, Tarcísio, Luis Müller, Clemer… O tabu virou um carma na vida dos bicolores, que ficaram angustiados com o jejum de vitórias.

A agonia rival só teve fim em 1997, com um 2 a 0 comemorado em toda cidade, tal como um título. Depois de 33 jogos, sendo 21 vitórias e 12 empates, o maior tabu do futebol paraense saía de campo e entrava na história, com a ajuda de craques e técnicos, como Givanildo Oliveira, Mario Felipe Perez (Tata), Waldemar Carabina, Hélio dos Anjos, entre outros. Até hoje, quando os rivais se encontram, é possível ouvir a contagem remista nas arquibancadas…

Torcedores se emocionam para falar de tabu

Alguns personagens deste importante registro do futebol paraense se emocionam até hoje ao falar do tabu. Não é difícil entender, afinal de contas, não foram cinco jogos ou cinco meses, foram quase cinco anos (quatro anos, seis meses e vinte e quatro dias) sem saber o que era perder para um adversário do mesmo quilate, transformando a capital paraense num mar de gozações a cada partida.

“Participei de todos os jogos do tabu, seja como treinador ou supervisor de futebol. É um marco que ficou consagrado, pois se tratam de dois rivais. Na história você não vê, por exemplo, um Fla-Flu ou um São Paulo e Corinthians, onde um deles fica por mais de 30 jogos sem vencer o rival. Nós conseguimos! Não foi o Independente ou o Águia, foi o Paysandu!”, diz o gerente de futebol Fernando Oliveira.

Entre os atletas, talvez um dos mais emblemáticos tenha sido o ex-volante Agnaldo, o popular “Seu Boneco”. O atleta esteve no primeiro e no último jogo do tabu, sendo este como treinador e jogador, ao lado do companheiro Belterra. “Tínhamos um time muito comprometido. Foi um período de grandes conquistas para o Remo e foi um prazer muito grande fazer parte dessa época. Era uma rivalidade grande, cheia de gozações e nós entramos na brincadeira, mas nunca desrespeitando o adversário”, lembra.

De geração em geração, o feito é sempre lembrado como um marco na história azulina que reflete nos dias de hoje, como forma de ensinar que, dentro de campo, o que vale é a garra. “Sei da história do tabu no Re-Pa, acho que quem vestir a camisa 33 vai dar conta do recado, pois ela é mágica para o Remo”, deseja o volante Jhonnatan.

Finanças do clube do Remo agradecem

Sabendo da importância do feito para a história do clube e do próprio futebol paraense, o Remo resolveu, depois de anos, transformar o registro em marca. Na última segunda-feira (18/11), foi lançada oficialmente a pré-venda da camisa comemorativa número 33, a ser usada pela grande contratação azulina, que irá vestir o manto sagrado, mas ainda com a identidade guardada a sete-chaves.

A iniciativa, no entanto, ainda divide opiniões acerca de seu nascimento. O benemérito e pesquisador azulino Orlando Ruffeil garante ter sido dele a ideia. “Lancei a ideia em uma reunião aberta e participaram Assoremo, torcedores, dirigentes, conselheiros e imprensa. Faz uns 3 meses. O presidente Zeca Pirão aprovou a ideia e os diretores ficaram empolgados. Dei a ideia para o Sergio Cabeça, mas ele não levou adiante. Já o Pirão é prático”, diz.

Já a atual diretoria prefere não levantar a paternidade e diz apenas torcer pelo sucesso da campanha. “Foi da atual diretoria, mas isso não é importante. O que queremos é que dê certo e que o Remo seja o maior beneficiado”, registra Thiago Passos. Seja quem for o pai da criança, o certo é que a campanha vem dado certo e, até o momento, mais de 1 mil unidades já foram vendidas, na loja da Nação Azul, na sede social e nos sites da Nação Azul e Clube do Remo, no valor de R$ 150, no dinheiro, cheque ou cartão.

Além de proporcionar à torcida mais um “mimo” histórico, as vendas da camisa irão alavancar os cofres do clube. O valor total das 11 mil unidades alcançará extraordinários R$ 1,65 milhões, ficando o lucro líquido do clube em torno de R$ 1 milhão decorrente da fatia de pouco mais de R$ 90 por cada unidade vendida. O dinheiro arrecadado servirá para custear os salários de jogadores e comissão técnica, além de colocar em dia as finanças do clube.

Sabendo da importância do feito para a história do clube e do próprio futebol paraense, o Remo resolveu, depois de anos, transformar o registro em marca. Na última segunda-feira (18/11), foi lançada oficialmente a pré-venda da camisa comemorativa número 33, a ser usada pela grande contratação azulina, que irá vestir o manto sagrado, mas ainda com a identidade guardada a sete-chaves.

A iniciativa, no entanto, ainda divide opiniões acerca de seu nascimento. O benemérito e pesquisador azulino Orlando Ruffeil garante ter sido dele a ideia. “Lancei a ideia em uma reunião aberta e participaram Assoremo, torcedores, dirigentes, conselheiros e imprensa. Faz uns 3 meses. O presidente Zeca Pirão aprovou a ideia e os diretores ficaram empolgados. Dei a ideia para o Sergio Cabeça, mas ele não levou adiante. Já o Pirão é prático”, diz.

Já a atual diretoria prefere não levantar a paternidade e diz apenas torcer pelo sucesso da campanha. “Foi da atual diretoria, mas isso não é importante. O que queremos é que dê certo e que o Remo seja o maior beneficiado”, registra Thiago Passos. Seja quem for o pai da criança, o certo é que a campanha vem dado certo e, até o momento, mais de 1 mil unidades já foram vendidas, na loja da Nação Azul, na sede social e nos sites da Nação Azul e Clube do Remo, no valor de R$ 150, no dinheiro, cheque ou cartão.

Além de proporcionar à torcida mais um “mimo” histórico, as vendas da camisa irão alavancar os cofres do clube. O valor total das 11 mil unidades alcançará extraordinários R$ 1,65 milhões, ficando o lucro líquido do clube em torno de R$ 1 milhão decorrente da fatia de pouco mais de R$ 90 por cada unidade vendida. O dinheiro arrecadado servirá para custear os salários de jogadores e comissão técnica, além de colocar em dia as finanças do clube.

Diário do Pará, 24/11/2013

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