Manoel Ribeiro e Leandro Brito
Manoel Ribeiro e Leandro Brito

Ao longo dos últimos anos, o Clube do Remo travou uma luta para manter vivo e fazer crescer o Nação Azul, o seu programa de Sócio-Torcedor. Com temporadas sem calendário, o Leão sofreu bastante. Porém, após o acesso, os azulinos chegaram a 12 mil associados, com aproximadamente 8 mil adimplentes. Só que, com o fracasso na última temporada, os números caíram para cerca de 1,2 mil.

Agora, a direção azulina resolveu mudar os planos para tentar atrair mais torcedores, mas parece que a ideia não deu muito certo. Como uma das novas medidas, a atual diretoria do Remo trocou a empresa que vai gerir o Nação Azul e também mudou os planos, que entram em vigor a partir da próxima segunda-feira (06/02).

“Estamos reformulando toda a situação do Sócio-Torcedor, para que a gente não fique em situação difícil, como está agora. Estamos fazendo um ajuste para que o sócio passe o ano todo conosco e não só quando o Remo esteja jogando”, afirmou Manoel Ribeiro, presidente do Clube do Remo.

O problema é o ajuste, que na verdade é um “reajuste” nos valores dos planos do Nação Azul. Os torcedores do Remo pagarão mais caro para “ajudar” o Remo e usufruir de poucos benefícios oferecidos para quem se associa. Apesar disso, Manoel Ribeiro acredita que apenas o futebol pode resolver esta situação.

“Precisamos fazer um time competitivo. O que traz a torcida para o Nação Azul é um time competitivo”, encerrou o mandatário do Clube do Remo.

Em toda essa mudança do Nação Azul, há uma situação curiosa. A empresa que gerencia a venda de ingressos do Clube do Remo, a “Meu Bilhete”, também vai gerir o Sócio-Torcedor. Algo meio estranho, principalmente pelo forte aumento nas mensalidades do Nação Azul, que fazem valer mais a pena comprar o ingresso avulso. Segundo os diretores, isso foi feito com uma forma de melhorar a arrecadação do Clube do Remo.

Leandro Brito, representante da empresa Meu Bilhete, explicou que a ideia da diretoria do Remo é profissionalizar o Leão e dar mais transparência às ações do clube.

“Não adianta vender ‘lajota’, porque depois acaba o dinheiro e tem que pegar dinheiro da ‘lajota’ para usar no futebol. A ideia é profissionalizar o clube e todas as receitas dele. Contamos com a torcida, para vir mais uma vez conosco. Se não for dessa forma, vamos acabar fechando o Clube do Remo”, afirmou.

O empresário conta ainda que o aumento no valor da mensalidade é necessário para ajudar o Remo e é um dever o remista ajudar o clube neste momento, independente da situação financeira.

“Sobre o benefício (financeiro) para o torcedor, esse torcedor, então, não é apaixonado, ele não quer ver o Remo grande. Se ele for pensar no que é melhor para ele, economizando R$ 10 por mês, mas não sendo sócio-torcedor. Ele não está preocupado com o clube. A maioria da torcida vai comprar a ideia de ajudar o Remo”, disparou.

Planos e valores

Ferinha (para crianças até 12 anos) – R$ 15
A criança tem direito de entrar em campo com os jogadores

Leões Pelo Mundo (ideal para remistas residentes fora de Belém) – R$ 20
50% de desconto no valor do ingresso para 1 jogo por mês

Fenômeno Azul – R$ 50
50% de desconto no valor do ingresso, podendo ser arquibancada ou cadeira

Leão Ouro – R$ 100
Ingresso gratuito para arquibancada, mediante a apresentação da carteirinha

Leão Diamante – R$ 120
Ingresso gratuito para cadeira, mediante a apresentação da carteirinha

Leão Olímpico (máximo de 300 sócios)
Ingresso gratuito para arquibancada ou cadeira
Toda a renda deste plano será revertida para os esportes olímpicos do clube

Diário do Pará, 01/02/2017