Eleições
Eleições

Em 2014, o Clube do Remo realizou as primeiras eleições diretas da sua história. Naquele momento, o Leão dava um grande passo para a sua democratização, já que sócios remidos e proprietários começavam a ter poder de decisão na escolha do seu presidente. Porém, como toda mudança, não foi fácil e ainda hoje os azulinos sofrem para ter um pleito tranquilo.

Na primeira disputa, no dia 08/11/2014, Pedro Minowa venceu Zeca Pirão por 647 a 629 votos. Porém, 5 urnas continham mais votos do que assinaturas de eleitores. Desta forma, Pirão solicitou a impugnação do pleito, que foi aceito pelo presidente da Assembleia Geral, Robério D’Oliveira. Na segunda votação, em 13, mais uma vez o candidato da oposição levou a melhor por 882 votos, contra 691, para assumir o Remo no biênio 2015/2016.

Minowa teve uma gestão conturbada desde o início e foi afastado, mas entrou na Justiça e retornou ao cargo logo em seguida. Depois disso, ele e seu vice, Henrique Custódio, pediram licença e depois renunciaram. Desta Forma, Manoel Ribeiro, presidente do Conselho Deliberativo (Condel), assumiu o comando do clube.

No começo deste ano, houve outro pleito, que desta vez já foi tranquilo. André Cavalcante venceu, com 777 votos, para o “mandato-tampão”, que terminaria em novembro.

A 4ª eleição em 2 anos de democracia estava marcada para 12/11, mas com todos os problemas nos bastidores, principalmente em relação à lista de aptos a votar, o presidente da Assembleia Geral, Robério D’Oliveira, decidiu adiar o pleito para 03/12. Para esta data, ele também prorrogou o seu mandato, além do mandato dos presidentes do Condel e do Codir. Outra medida foi criar uma comissão que fará uma auditoria na lista e terá uma relação de aptos a votar que será usada no dia do pleito.

A principal alegação de Robério para adiar as eleições do do Remo foi a inconsistência na lista de aptos a votar. Por conta desta situação, ele passou a data para dezembro, o que não foi muito bem aceito pelos membros da atual diretoria, assim como a justificativa para que a eleição fosse adiada.

Segundo o diretor comercial do clube, Jader Gardeline, só há uma lista. “Não existem três listas. Há só uma lista. O que houve foi só adição de dados e isso é de conhecimento da Comissão Eleitoral e do presidente da AG, porque a gente encaminha os documentos sempre para os dois”, afirmou.

“Foram duas adições. Os sócios (proprietários e remidos) que pagam também como sócios-torcedores e mais 31 sócios que peticionaram para entrar, porque tinham direito ou já haviam se recadastrado. Foi o que entrou. Não entrou ninguém estranho. Estão querendo achar chifre em cabeça de cavalo”, disparou.

Para Jader, toda essa situação só atrapalha o Leão e atrai todos os holofotes para quem faz essa confusão. “Não vejo em outros clubes aparecer Comissão Eleitoral, presidente da Assembleia Geral, Condel. No Remo, é só isso que aparece. Estão esquecendo do clube, de formar seus trabalhos do dia-a-dia e de pensar seus trabalhos para 2017”, acusou o diretor comercial remista.

Diário do Pará, 06/11/2016